sábado

Estou conhecendo a língua e a cultura italiana também através do cinema. Desde que estou aqui, fui ao cinema duas vezes, e nas duas, fiz questão de optar por filmes produzidos na Itália. O filme “Nero Bifamiliare” conta a história de duas famílias: uma, romana e burguesa, a outra, migrante e esquisita. Óbvio: a esquisita e migrante dá uma lição de vida na romana e burguesa. O filme é interessante por mostrar o modo de viver de uma família européia moderna – não difere muito da classe média brasileira. O filme é divertido, o cartaz, nada a ver.


Agora, o filme “ Mio fratello é figlio único” conta a história de dois irmãos. Um fascista e o outro comunista, um rebelde e o outro afetuoso, ambos insatisfeitos com o que a Itália oferecia ao povo nos anos 60, começo dos 70. Os dois vão para a luta armada e um deles morre. Adivinha quem? Óbvio: o bonzinho e afetuoso com os pais. (só contei o final porque sei que este filme nunca vai passar no Brasil. No Brasil? Só filme norte- americano, algum brasileiro e olhe lá!) Mas é um filme muito bem construído e amarrado, com uma narrativa interessante. O cinema europeu é assim: não tem pressa em contar uma história e você vai pouco a pouco se envolvendo, quando vê, o filme já te ganhou.

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